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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Começa a temporada das tartarugas

Começa nesta quinta-feira (15) a temporada de desovas de tartarugas marinhas no litoral de Ipojuca, no Grande Recife, único sítio de reprodução desses répteis monitorado na orla de Pernambuco. Até maio, técnicos e voluntários da organização não-governamental Ecoassociados estarão envolvidos em atividades de identificação e proteção de ninhos.

Foto: Alexandro Auller/JC Imagem
Na última temporada, entre setembro de 2010 e maio deste ano, a ONG protegeu 183 ninhos. "Cada ninho tem em média 120 ovos, mas nem todos eclodem", relata o estudante de biologia Túlio Ribeiro, um dos integrantes da Ecoassociados.


A atuação da ONG para que os ninhos permaneçam intocados até que as tartaruguinhas eclodam se estende por 32 quilômetros de costa, incluindo as Praias de Muro Alto, Cupe, Merepe, Porto de Galinhas, Maracaípe, Pontal de Maracaípe, Toquinho e Serrambi.


Quatro das cinco espécies de tartaruga marinha encontradas no litoral brasileiro, todas ameaçadas de extinção, fizeram ninhos na costa de Ipojuca na última temporada. Houve registros de desovas da tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), oliva (Lepidochelys olivacea), cabeçuda (Caretta caretta) e até da verde (Chelonia mydas), que normalmente desova em ilhas oceânicas.


"Pela primeira vez houve desova de Chelonia mydas no litoral de Ipojuca ao longo de anos de trabalho da ONG Ecoassociados, que desde 1998 realiza as atividades no local", destaca Túlio Ribeiro.


No Brasil, além dessas quatro, vive ainda a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). No mundo, são sete. "Além das cinco registradas no Brasil, existe ainda a lora ou kemps ridley (Lepidochelys kempii) e a flatback (Natator depressus)."


Além da desova, a ONG também acompanha os encalhes. Em Porto de Galinhas, só este ano foram cinco, todas tartarugas-verdes. A última, uma fêmea com 99 centímetros de cumprimento de casco, morreu ontem.
Resgatada no dia anterior, ela estava bastante debilitada, segundo Túlio Ribeiro. "Foram feitos os procedimentos de assepsia e primeiros socorros, porém, o animal chegou a óbito por volta das 4h", lamenta.
A tartaruga se encontrava abaixo do peso médio, o que levou a equipe da Ecoassociados a acreditar que o quelônio estava desnutrido. "Tinha infestação de parasitas na pele, semelhantes a sanguessugas", descreve.
"Aparentemente perdeu peso por não se alimentar devidamente, provavelmente porque ingeriu uma grande quantidade de plástico", informa. O telefone da Ecoassociados é 3552-1943.



Fonte: JC Online, 14 de setembro 2011

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